terça-feira, 26 de outubro de 2010

EJA no Brasil

A Educação de adultos no Brasil iniciou no processo de colonização, após a chegada dos padres jesuítas, em 1549 que iniciaram a catequização e “instrução” de adultos e adolescentes.  Após a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal ocorreu uma desorganização do ensino. Somente no Império o ensino volta a ser ordenado. 
Em 1910, segundo informações do IBGE, “o direito a ler e escrever era negado a quase 11 milhões e meio de pessoas com mais de 15 anos”. Logo, alguns grupos sociais mobilizam-se para organizar campanhas de alfabetização chamadas de “Ligas”. A partir de 1945, com a aprovação do Decreto nº19.513, de 25 de agosto de 1945, a Educação de Adultos torna-se oficial. Daí por diante novos projetos e campanhas foram lançados com o intuito de alfabetizar jovens e adultos que não tiveram acesso a educação em período regular. Dentre estes podemos citar: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA (1947); o Movimento de Educação de Base – MEB, sistema rádio educativo criado na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com o apoio do Governo Federal (1961); além dos Centros Populares de Cultura – CPC (1963), Movimento de Cultura Popular – MCP e a Campanha Pé no Chão Também se Aprende a Ler – CPCTAL, quase todos tinham o intuito de atender às populações das regiões menos desenvolvidas, além da preocupação de conscientização e integração desse grupo através da alfabetização e utilização do sistema Paulo Freire. Porém, durante o regime militar (1964-1985), estes movimentos e seus integrantes foram perseguidos e reprimidos pelos órgãos do Governo Federal que, em 1967, autorizou a criação do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização (a partir de 1985, passa a se chamar Fundação Educar), tendo como principal objetivo erradicar totalmente o analfabetismo e preparar mão de obra para atender os interesses do estado. Somente com a nova LDB nº 9394/96, art.37 e art.38, é que se passa a contemplar as várias modalidades de educação de jovens e adultos. Algumas alterações foram feitas como a redução da idade mínima para o ingresso: (15 anos para o ensino fundamental e 18 para o ensino médio). Dentre os projetos atuais do Governo, destacamos: Tempo de Aprender I e II e Tempo Formativo I e II, com a modalidade de Educação semi-presencial. As pessoas que por algum motivo ficaram excluidos do processo educacional, agora podem retomar seus estudos.
Para quem desejar matricular-se nesta modalidade de ensino, basta procurar a secretaria da escola nos turnos matitino e vespertino e obterá as informações desejadas.

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